Sustentabilidade empresarial: Estratégia para crescimento e impacto positivo
Podcast - 03 de Julho de 2025

Falar sobre ESG e sustentabilidade ainda assusta muitas empresas — especialmente as que não têm uma área dedicada ou estrutura robusta para tratar o tema. No entanto, como aponta Gabriela Ferreira, professora, consultora e especialista com mais de 30 anos de experiência em gestão, sustentabilidade não é mais uma escolha ou um nicho de mercado: é uma questão de sobrevivência.
Gabriela traz uma trajetória profissional que une agronomia, economia, administração e inovação. Com um olhar sistêmico e orgânico sobre os processos, ela reforça que sustentabilidade é uma construção contínua, e não uma virada de chave. Mais do que isso: é um conceito que precisa integrar todas as áreas de uma empresa e fazer parte da estratégia de forma transversal.
Segundo ela, um dos principais desafios enfrentados é o pensamento fragmentado dentro das organizações. Departamentalizar a sustentabilidade, como se ela fosse responsabilidade exclusiva de um setor, enfraquece sua eficácia. Assim como aconteceu com a inovação no passado, o verdadeiro impacto só acontece quando essas práticas são incorporadas de forma estratégica e distribuídas entre todos os times.
Gabriela também explica que a sustentabilidade deve sempre ser pensada a partir do seu tripé: ambiental, social e econômico. Focar apenas na agenda verde é ignorar que empresas precisam de pessoas, processos e resultados para existir. E é justamente a ausência desse equilíbrio que faz muitas ações ditas sustentáveis falharem: não estão ligadas à estratégia, não estão integradas ao todo, e por isso viram apenas gastos — não investimentos.
Ela cita ainda a importância de repensar produtos e processos com foco em evitar desperdícios. Como ela mesma diz: “o lixo é um erro de design”. Isso vale para materiais, recursos e também para as oportunidades perdidas quando empresas deixam de observar sua cadeia de valor. Afinal, um produto final carrega o histórico de toda a sua jornada: fornecedores, logística, consumo de recursos, descarte. Ser sustentável é assumir responsabilidade também pelo que acontece antes e depois da sua atuação direta.
Inovação, portanto, entra como aliada da sustentabilidade. Mas não como fim, e sim como meio para transformar processos, buscar soluções reais e regenerar. Estamos em um ponto de inflexão em que não basta mais poluir menos. É preciso restaurar o que já foi degradado — seja no meio ambiente, seja nas relações humanas. Por isso, a economia regenerativa ganha cada vez mais espaço.
Gabriela finaliza reforçando que não existe fórmula única. Cada empresa, independente de seu porte, pode e deve encontrar seus próprios caminhos sustentáveis. Não é preciso um programa robusto para começar: o primeiro passo pode ser reduzir o consumo de energia ou repensar a escolha de materiais. Desde que esteja alinhado com a estratégia da empresa e com sua visão de longo prazo, é válido.
Sustentabilidade é resultado. É visão. É inteligência de gestão. E, acima de tudo, é compromisso com o futuro. E tudo isso, a equipe da Siqueira Assessoria pode te ajudar.
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